sábado, 24 de abril de 2010

Educação, direito de todos e dever do estado

O artigo 205 da Constituição Federal de 1988 é claro: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania , e sua qualificação para o trabalho". Não resta dúvida, portanto, que este preparo é fundamental para a valorização e crescimento pessoal, bem como para o desenvolvimento social e econômico.
Nota-se que a educação no Brasil é uma preocupação nacional, mas a realidade é que não tem a prioridade dos investimentos públicos como seria de se desejar. Algumas poucas políticas públicas estão sendo implementadas, como a cota nas faculdades para os afrodecendentes, mas não temos ainda grandes investimentos na base para garantir ensino de qualidade nos níveis mais avançados.
Assim, é evidente que o ensino superior funciona hoje como complementação do ensino médio. Ou seja, a maioria dos acadêmicos ingressa nas faculdades sem base, sem conhecimentos elementares para a formação superior. E o que é pior: forma-se sem qualificação, sem ter preparação adequada para o mercado de trabalho.
Este quadro reflete profundamente no desenvolvimento econômico e social. Investir na educação é condição básica para combater as desigualdades e a pobreza e também a violência, considerando-se que o nível de escolaridade da população carcerária é quase zero. De acordo com dados do Cepal e do BID, a diferença de escolaridade ente os 10% mais ricos e os 30% mais pobres é de pelos menos sete anos de estudo.
É de se lamentar que apesar de ser comprovada a relação entre educação e desenvolvimento, o governo brasileiro não assumiu a educação como prioridade zero. O caos nas escolas públicas continua em evidência, sendo mais expressivo nas zonas rurais, onde as condições de acesso são precárias e não se promove conhecimento de qualidade. É terrível saber que crianças e adolescentes terminam o ensino básico sem, literalmente, saber ler e escrever, incapazes de compreender um simples texto.
Concluímos, portanto, a sociedade também tem responsabilidade e dever na promoção da educação, mas as mudanças na qualidade do ensino só vão acontecer quando a educação deixar de ser apenas prioridade nos discursos das campanhas eleitorais, quando todos são bonzinhos e prometem educação de qualidade para todos.
É preciso sim pagar salários dignos aos professores, investir na formação e atualização permanente dos profissionais, e na construção de projetos políticos pedagógicos que considerem as características específicas de cada comunidade escolar. Precisamos de mais bibliotecas e salas de leitura, e de laboratórios de ciências e informática. Necessitamos de escolas antenadas com a realidade de seus alunos.
Assim vamos construir um Brasil mais justo e humano, com oportunidades iguais para que todos alcancem o desenvolvimento psicológico, social e econômico.


Texto de Joselene Ramos e Josalto Alves

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dicas de Português

A dúvida é: Eu fiquei fora de si ou de mim?
A resposta é: Eu fiquei fora de mim.
O pronome reflexivo “si” (quando sujeito pratica e sofre a ação verbal = ideia de “a si mesmo”) é de 3ª pessoa: “Ele ficou fora de si”; “Ela feriu a si mesma”; “Você iludiu a si mesmo”; “Eles ficaram fora de si”; “Elas feriram a si próprias”. Na 1ª pessoa do singular, devemos usar o pronome “mim”: “Eu fiquei fora de mim”; “Eu feri a mim mesmo”.
Pior ainda é “Nós se ferimos”. O sujeito (=nós) está na 1ª pessoa do plural e o pronome “se” é de 3ª pessoa. O certo é: “Nós nos ferimos” e “Ele se feriu”.
Muita gente quer saber quando devemos usar “entre si” ou “entre eles”. A diferença é a seguinte: a) devemos usar “entre si” somente quando o sujeito pratica e recebe a ação verbal: “Os lutadores brigavam entre si” (= os lutadores, termo que exerce a função de sujeito da oração, pratica e recebe a ação de brigar); b) usamos “entre eles” quando o sujeito é um e o complemento é outro: “Nada existe entre eles” (= o sujeito é “nada” e o complemento é “entre eles”). Vejamos mais exemplos: “Os políticos discutiam entre si”; “Eles repartiram o prêmio entre si mesmos”; “O prêmio foi repartido entre eles”; “O segredo ficou entre eles mesmos”.

A dúvida é: Isto ocorreu no verão, onde ou quando o calor é bem mais intenso?
A resposta é: Isto ocorreu no verão, quando o calor é bem mais intenso.
Só devemos usar o pronome ONDE quando houver a ideia de “lugar”: “Isto ocorreu na cidade onde ele nasceu”; “Esta é a sala onde eles trabalham”.
O verão é uma das estações do ano; refere-se, portanto, a tempo, e não a lugar. Quando nos referimos a tempo, devemos usar o pronome “quando”: “Isto ocorreu em janeiro, quando o ministro alterou as regras do jogo”; “Viajou na primavera, quando tudo fica mais florido”.
É interessante notar que tanto o pronome “onde” quanto o pronome “quando” podem ser substituídos por “em que”: “Isto correu na cidade onde (ou em que ou na qual) ele nasceu”; “Isto ocorreu no dia quando (ou em que ou no qual) eles viajaram.”

Postado por Sérgio Nogueira em 14 de abril de 2010 às 13:31
http://colunas.g1.com.br/portugues/

Ações de estímulo à leitura marcam Dia do Livro nesta sexta-feira

No Dia Mundial do Livro, comemorado nesta sexta-feira, 23, o caminhão baú do projeto BiblioSesc Biblioteca Volante estará na Lapinha. O projeto leva para comunidades da cidade um acervo de 3 mil livros. Para ter acesso, basta se aproximar e ter vontade de ler.

Interessados em doar livros podem fazê-lo no local ou entrar em contato com a instituição que irá buscar a doação caso seja em grande quantidade. São aceitos livros usados, porém em boas condições, segundo Luciana Oliveira, responsável pelo projeto. “Quando a criança encontra o livro já riscado ou rasgado, a tendência é que ela dê continuidade aos estragos já feitos. Diante de livros novos elas têm mais cuidado e carinho”, ensina.

Livros a R$ 5 - O Instituto Cervantes também promove nesat sexta a “Feirinha do Livro”, que comercializará 200 títulos ao preço de R$ 5 cada. A feira acontece das 8 às 12h e de 13h às 18h. Para doar, basta se dirigir ao Centro de Estudos de Espanhol da Universidade Federal da Bahia ou ao instituto, na Ladeira da Barra.



Instituto Cervantes: 3797-4650.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2253956

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Brasil Alfabetizado

Progressivamente jovens e adultos no Ensino Básico. Desde 2003, o programa busca despertar o interesse dos jovens em aumentar a escolaridade. Além dos estudantes, professores da rede pública de ensino podem se beneficiar, por meio de bolsas de estudo concedidas aos profissionais envolvidos no programa.

O PBA alcança todo o território brasileiro. Municípios, estados, o Distrito Federal e a União podem implementar ações para garantir a continuidade dos estudos a jovens e adultos em processo de alfabetização. O programa prioriza municípios com taxa de analfabetismo igual ou superior a 35% da população. Cerca de 90% das cidades brasileiras com altos índices de analfabetismo estão na região Nordeste.

Em 2007, houve uma reestruturação no Programa Brasil Alfabetizado e o público-alvo, desde então, é composto por cidadãos com idade entre 15 e 29 anos. Além disso, a alfabetização de jovens e adultos passou a ser feita prioritariamente por professores da rede pública estadual e municipal (75% do total de alfabetizadores, no mínimo), em turno oposto ao de suas atividades. Os professores recebem bolsas do Ministério da Educação para educar os jovens e adultos participantes do PBA – uma forma de elevar o nível salarial da categoria, principalmente no Nordeste.

Essa reestruturação também trouxe o conceito de responsabilidade solidária. Assim, o governo municipal organiza ações para mobilizar o público-alvo do programa e selecionar e capacitar os professores. Em seguida, o governo federal custeia as bolsas dos alfabetizadores e destina recursos para material didático, merenda e transporte escolar dos estudantes, aquisição de óculos e supervisão das aulas.

Recursos para professores

O Programa Brasil Alfabetizado é voltado também para professores do Ensino Básico público brasileiro, professores não habilitados para o magistério que estejam em exercício na rede pública nacional, educadores populares com, no mínimo, nível médio de escolaridade, coordenadores de turmas e tradutores intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Quatro tipos de bolsa mensal são oferecidos pelo PBA, de acordo com o trabalho do profissional: R$ 200,00 para o alfabetizador; R$ 230,00 para o alfabetizador de alunos com deficiência; R$ 200,00 para o tradutor-intérprete de Libras e R$ 300,00 para o supervisor (que coordena cada grupo de 15 alfabetizadores).

Para suprir uma dificuldade comum dos docentes -- a de encontrar livros didáticos destinados a jovens e adultos em processo de alfabetização --, o Ministério da Educação (MEC) implantou, em 2007, o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), que distribui o material aos alunos do Programa Brasil Alfabetizado.


O MEC também repassa recursos a entidades públicas e privadas sem fins lucrativos e a instituições de educação superior que participam do Brasil Alfabetizado. O objetivo é formar alfabetizadores e coordenadores de turmas. Essas entidades e instituições devem apresentar projetos e assinar convênios para participar do PBA.

progressivamente jovens e adultos no Ensino Básico. Desde 2003, o programa busca despertar o interesse dos jovens em aumentar a escolaridade. Além dos estudantes, professores da rede pública de ensino podem se beneficiar, por meio de bolsas de estudo concedidas aos profissionais envolvidos no programa.

O PBA alcança todo o território brasileiro. Municípios, estados, o Distrito Federal e a União podem implementar ações para garantir a continuidade dos estudos a jovens e adultos em processo de alfabetização. O programa prioriza municípios com taxa de analfabetismo igual ou superior a 35% da população. Cerca de 90% das cidades brasileiras com altos índices de analfabetismo estão na região Nordeste.

Em 2007, houve uma reestruturação no Programa Brasil Alfabetizado e o público-alvo, desde então, é composto por cidadãos com idade entre 15 e 29 anos. Além disso, a alfabetização de jovens e adultos passou a ser feita prioritariamente por professores da rede pública estadual e municipal (75% do total de alfabetizadores, no mínimo), em turno oposto ao de suas atividades. Os professores recebem bolsas do Ministério da Educação para educar os jovens e adultos participantes do PBA – uma forma de elevar o nível salarial da categoria, principalmente no Nordeste.

Essa reestruturação também trouxe o conceito de responsabilidade solidária. Assim, o governo municipal organiza ações para mobilizar o público-alvo do programa e selecionar e capacitar os professores. Em seguida, o governo federal custeia as bolsas dos alfabetizadores e destina recursos para material didático, merenda e transporte escolar dos estudantes, aquisição de óculos e supervisão das aulas.

http://www.brazil.gov.br/sobre/educacao


Isto é uma grande demagogia. É com muita tristeza em meu coração que hoje faço esta afirmação. Para isso tomo como base a minha experiencia em sala de aula isso se deu durante o meu estagio de observação pela faculdade em que faço o meu curso de letras durante a semana e que estava fazendo o estagio, o que pude observar é que todas as propostas do governo em melhorar o sistema educacional e de alfabetizar os brasileiros, não passa de ma grande mentira.
O que ocorre na verdade é que muitas pessoas que estão em sala de aula com esperança de estudar e adquiri conhecimento estão sendo iludidos pela necessidade que o governo tem e mostrar o Brasil cada dia melhor. O que ocorre na verdade dentro das salas de aulas são alunos que já se encontram em series avançadas sem nem saber escrever o seu nome. Pessoas om grande dificuldade de aprendizagem e carentes de qualquer conhecimento.
Diante disso posso dizer que assim como esses alunos toda a sociedade brasileira está sendo enganada pelo governo atual quando diz:
“Taxa de analfabetismo reduz ritmo de queda no governo Lula”

Texto de Joselene Ramos

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dicas de Português

A dúvida é: A reunião só começará após às ou as 10h?
A resposta é: A reunião só começará após as 10h.
Já sabemos que a presença de uma preposição dispensa o uso de outra. Se temos a preposição após, não haverá crase porque não teremos a preposição a. O mesmo ocorre com outras preposições: “Ele está aqui desde as 10h”; “A reunião ficou para as 10h”; “A reunião será entre as 10h e o meio-dia”.

A dúvida é: O atacante ficou cara à cara ou cara a cara com o goleiro?
A resposta é: O atacante ficou cara a cara com o goleiro.
Não ocorre crase em expressões repetidas do tipo “cara a cara, frente a frente, gota a gota, face a face”. A explicação é simples: o substantivo repetido está usado no seu sentido genérico, ou seja, sem artigo definido. Temos apenas a presença da preposição “a”. A prova disso é que o mesmo ocorre com os substantivos masculinos: “corpo a corpo, lado a lado”.

A dúvida é: Espere um instante que o diretor já vai falar consigo ou com você?
A resposta é: Espere um instante que o diretor já vai falar com você.
“Falar consigo”, rigorosamente, no Brasil, é “falar com si mesmo”. CONSIGO é um pronome reflexivo e devemos evitar usá-lo com o sentido de “com ele”, “com você” ou “contigo”. Isso significa que a expressão CONSIGO MESMO seria redundante. Não é necessário dizer: “Ele levou os dólares consigo mesmo.” Basta: “Ele levou os dólares consigo.”

Texto de Sérgio Nogueira
http://colunas.g1.com.br/portugues