terça-feira, 30 de março de 2010

Preconceito Racial: ontem, hoje. Sempre?

Basicamente, o racismo é definido, dentre outras acepções, como agressão ao outro. Não é difícil concebermos as práticas racistas como agressão, basta lembrarmo-nos de alguma situação que o expresse: qualquer que seja ela, a vítima sempre é agredida em algum aspecto, como no moral ou profissional, por exemplo.
Muito se tem discutido acerca do combate às práticas racistas, no entanto ainda não verificamos, de maneira significativa, a redução dessas. O que parece contraditório, em se tratando de Brasil, é a existência do preconceito racial diante da diversidade que caracteriza a cultura brasileira. E uma das formas de se tentar desenvolver o apreço e respeito pela pluralidade cultural brasileira é pensar na formação de cidadãos conscientes. Para tanto, entra a participação da escola.
Dessa forma, a educação constitui um dos principais mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo.
Nesse contexto, o governo federal sancionou, em março de 2003, a lei 10.239, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História da África no currículo do ensino fundamental e médio. Com efeito, busca-se resgatar historicamente a contribuição dos negros na construção da sociedade brasileira.
Medidas desse tipo buscam alterar positivamente a realidade vivenciada pela grande maioria da população negra e trilhar um caminho rumo a uma sociedade democrática, justa e igualitária, revertendo os perversos efeitos de séculos de discriminação.
Em vista dos aspectos observados, deparamo-nos com um problema muito nocivo à harmonia social: o preconceito baseado na característica mais notável do outro─a cor da pele. Verificamos, portanto, que a escola, por desempenhar papel já descrito, deve pensar em medidas que viabilizem o combate ao racismo.
Assim, as escolas devem constituir uma proposta interdisciplinar que visa, a partir de atividades diversificadas, discutir a questão racial e formar o cidadão dotado de valores humanos, principalmente do respeito ao outro.

Texto de Fabrício Amorim
É licenciado em Letras: Português/Inglês pela Universidade do Estado da Bahia (2007). Atualmente é professor de Lingua Portuguesa e Literatura (Ensino Médio) e mestrando em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia. Interessa-se por estudos morfossintáticos, sobretudo sob a perspectiva funcionalista, bem como por assuntos atinentes ao ensino de Língua Portuguesa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dicas de Português

A dúvida é: Se você vir ou vier, eu também virei?
A resposta é: Se você vier, eu também virei.
A conjunção condicional “se” pede o verbo no futuro do subjuntivo. Vir é o infinitivo, e o futuro do subjuntivo do verbo vir é “vier”, portanto, o certo é “se você vier”.


A dúvida é: O carioca prefere mais ir à praia do que ou a trabalhar?
A resposta é: O carioca prefere ir à praia a trabalhar.

Primeiro, ninguém prefere menos. Basta preferir. “Preferir mais” é um pleonasmo, do tipo “subir pra cima”, “entrar pra dentro”, “ambos os dois” e outros mais.
E quem prefere PREFERE alguma coisa a outra. O correto é “o carioca prefere ir à praia a trabalhar”.


A dúvida é: Devemos obedecer o ou ao regulamento?
A resposta é: Devemos obedecer ao regulamento.

É uma velha dúvida. Muitas vezes, não sabemos se devemos ou não usar a preposição A, se o verbo é transitivo direto ou indireto. Sugiro uma boa consulta aos nossos dicionários. O verbo OBEDECER, por exemplo, é transitivo indireto; o correto, portanto, é “obedecer ao regulamento”.

Para quem faz concursos e a consulta aos dicionários é proibida, sugiro muitos exercícios ou, talvez, uma boa “decoreba”.Veja o perigo: você termina a leitura deste texto, pega um carro e na primeira esquina encontra uma “bela” placa – “OBEDEÇA O SINAL”. Deve ser por isso que ninguém obedece. O certo é “OBEDEÇA AO SINAL”.


Sérgio Nogueira
http://colunas.g1.com.br/portugues/

Preconceito na Cor

A Casa de Angola na Bahia sediará o III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor

O Diretor da Casa de Angola na Bahia, o Adido Cultural Adjunto, Dr. Camilo Afonso estará recebendo os seminaristas do III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor durante os dias 26, 27 e 28 de maio de 2010.O Dr. Camilo promoverá debates com uma mostra de filmes angolanos, além de oferecer uma exposição de autores da terra africana.


http://falaneguinhofala.blogspot.com/2010_03_02_archive.html